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Finalmente Europa

  • ctbretas
  • 13 de dez. de 2024
  • 24 min de leitura

Bem, finalmente em 2010, consegui realizar um sonho que meu pai sempre teve, mas jamais alcançou. Outros eram os seus interesses na época em que ainda era vivo. Chegar à Europa.


Já vinha viajando muito por vários locais do mundo, mas ainda faltava a coroa da rainha. Uma primavera na Europa. Nada mais esperado do que conhecer o centro histórico do mundo. New York é um centro importantíssimo, mas muito jovem em relação aos locais que eu iria visitar.


Chegando ao aeroporto do Galeão, rumo à Paris, ainda sem ter feito o check-in, a surpresa. Não havia poltronas juntas para eu e Andrea viajarmos. Por mim, tudo bem, por que durmo quase que a viagem inteira, mas para ela... A aeronauta disse que poderíamos viajar no segundo andar do jumbo. Conseguimos mediante um pagamento extra, que nem foi muito, cerca de setenta dólares por cabeça, num local muito confortável, restrito e com a cozinha liberada. Refrigerantes, vinho, cerveja, ótimos salgadinhos e canapés e poucas pessoas circulando. Sem falar que a escada é bem na frente do avião, o que facilitou bastante nossa saída ao aterrissarmos em Paris. Conclusão: mesmo com um stress inicial, a viagem começou uma maravilha.


Tudo organizado previamente no computador. Depois da conexão em Paris, a estadia inicial seria em Lyon. Claro, uma das melhores cidades da França e com a facilidade de eu ter duas primas que moram lá há mais de trinta anos. Essa seria nossa base, inicialmente. Chegando ao aeroporto, fomos direto pegar o carro, previamente alugado.  A atendente me passou todas as dicas sobre o veículo e finalizou dizendo que o combustível era a “gasoline”. Ao lado do tanque estava escrito gasoline e diesel, o que prá mim significava ser um carro flex. Ótimo. Malas no bagageiro e pé no acelerador. Com o francês falado pela Andrea e meu sentido de direção, conseguimos chegar ao centro da cidade. Surgiu um problema, já que não tínhamos GPS, só mapas normais no papel. Como encontrar a casa de uma das minhas primas? Eu tinha o telefone dela, mas não o endereço. Sabia apenas que ela tinha um restaurante de comida brasileira, muito conhecido no centro histórico de Lyon, o Sambahia. Na cidade não tinha telefone público algum em decorrência dos celulares, costume que já estava enraizado no pessoal de lá. Parei o carro no centro, beirando o rio que corta a cidade, e começamos a tentar achar o restaurante. Eu tinha o mapa do google na minha cabeça e sabia que era ao lado do rio Saône, mas que só funcionava à noite, ou seja, se não tivéssemos uma saída, teríamos que ficar até à noite esperando alguém aparecer no restaurante. Andrea então falou com uma senhora que passeava com cachorro e pediu se ela poderia fazer a ligação para a minha prima. A pessoa a levou ao seu apartamento e fez a ligação. Logo depois uma das minhas primas, Ana, nos recolheu onde estávamos parados. O mais legal é que estávamos muito perto do restaurante, afinal, como falei, tenho ótimo sentido de direção e tinha visto muitas vezes a região pelo google maps, antes de viajarmos.

Catedral de Lyon
Catedral de Lyon

Almoço maravilhoso com um cordeiro divino e muito vinho, muito mesmo, na casa da prima Maria Cristina. A França já me cativou de vez na hora da sobremesa, quando minha prima colocou um prato com vários tipos de queijo na mesa. Fiquei esperando a goiabada ou bananada, mas nada, é o hábito de lá. Sobremesa, só de queijo. Do jeito que adoro queijo, realmente havia encontrado o paraíso.

Praça Terraux
Praça Terraux

Conhecemos o centro histórico todinho naquela tarde. Que cidade maravilhosa, monumentos lindos, a parte histórica muito interessante e várias praças. A cidade é cortada pelos rios Rhône e Saône em toda sua extensão e passear por suas bordas realmente foi prazeroso. Centro comercial muito bem explorado. Paramos numa lanchonete tipicamente francesa. Excelente .Dormimos na casa da minha prima Cristina. Um imóvel muito antigo, estilo medieval, inclusive com uma torre em caracol que nos levava ao andar de cima. Era localizado bem no centro histórico. Na manhã seguinte, eu estava no banho quando tocaram a campainha. Como só estava eu e Andrea em casa, falei para ela atender a porta, até porque só o francês dela era confiável. Não é que a figura me caiu na escada caracol de pedras. Ao voltar ao quarto estava com o joelho todo esfolado e mancando. Após curativos, fomos visitar a Basílica de Notre Dame no alto da montanha, com uma vista de toda a cidade. Depois fomos ao centro moderno, inclusive visitando o excelente museu de artes da cidade. Mesmo pela manhã notamos que na Europa o centro cultural fervilha desde cedo. Nesse outro dia dormimos na casa da outra prima, Ana Cristina, nos subúrbios de Lyon, em Dardilly. No dia seguinte, pegaríamos estrada descendo para o sul da França.


Descemos pela estrada A7, a principal, até chegarmos a entrada para a região do Parque Natural de Luberon, onde conhecemos a maravilhosa, porém mínima, cidade de Roussillon. Por lá, muitas galerias de artes e produção de corantes para roupas e telas provenientes das terras avermelhadas. Indescritíveis. Andréa aproveitou e comprou várias tintas e corantes para usar em suas telas quando chegássemos ao Brasil. Ficaram maravilhosas mesmo, as telas feitas depois. Roussillon se mostrou um lugar muito lindo e charmoso, porta de entrada imperdível para descer pelas montanhas, até chegar a Aux de Provence. Cidade extremamente movimentada por turistas principalmente num final de semana. Pequenos bares, restaurantes e sorveterias. Bastante bonita com suas construções antigas, praças charmosas e cheiro de lavanda no ar.

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Descemos e chegamos a Toulon já à noite. Cidade portuária bem ao sul da França e onde ocorreu um fato muito cômico: eu sabia que o hotel era na rua principal, litorânea, e viemos passeando até encontrá-lo. Fui mais à frente e coloquei gasolina para o dia seguinte sair cedo e ainda perguntei ao rapaz do posto onde era o hotel, só prá confirmar. Ele ficava ao lado do estádio de rugby da cidade, uns trezentos metros do posto. Saímos do posto e não achei a rua de entrada. Eu via o hotel, mas a rua era contra mão, e o hotel ficava num canto, já na parte sem saída por causa do estádio. Fui e voltei algumas vezes, até que depois de já ficar puto com a situação, reparei que tinha uma ruela, bem escondida, que me levaria à recepção, sem grandes problemas. Como estava escuro e a entrada era realmente escondida, penamos para conseguir tomar um banho naquele dia. Mas rendeu boas risadas.


Na manhã seguinte, conhecemos a cidade de Toulon que é um charme. O porto lotado de veleiros, a estação de trem histórica e  locais muito prazerosos. Pegando a estrada pelo meio das lavandas e, às vezes, pelo litoral, chegamos a Saint-Tropez. Outro local histórico e charmoso. Boas praias e um azul do mar muito bonito. Vários barcos passeando no golfo e a cidade totalmente lotada nos fez acreditar que no verão, ali deve ser um verdadeiro point. A cidade em si não chega a ser exuberante, mas há belas casas na rota das praias. O clima de alegria das pessoas transformava o ambiente em algo especial.

Seguimos até Cannes que realmente deve viver só do festival de cinema, dos milionários e dos seus hotéis e cassinos. Nada de especial. Praia normal é,  o pavilhão do cinema, só vale pela tradição histórica. A cidade é pequena e sem nada de muito especial.

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Partimos logo prá Nice. Aí sim, outra joia da rainha. Que azul é esse no mar? Uma cidade bem linda, exuberante, com magníficas construções e cercada por montanhas alinhadas atrás.  Pra finalizar, aquele mar maravilhoso na sua frente. Não tem areia, só pedras, em qualquer lugar das praias. Mas quem liga prá isso com aquele visual? Andrea cansada, não queria sair do hotel no final do dia e,  lá fui eu, com a desculpa de comprar o jantar, passear pelas redondezas. Simplesmente um lugar perfeito.

Nice
Nice

A única tristeza nessa parte da viagem, foi o fato de Andrea não ter querido ir a Saint Paul de Vence, nas montanhas, ainda a caminho de Nice. É uma cidade com um clima medieval especial, muito interessante pelas minhas pesquisas, mas ela reclamou que as curvas iriam enjoá-la e não quis ir. Vacilei em avisar antes que era nas montanhas. Viajar em dupla tem dessas coisas, dá-se os anéis para não perder os dedos...


Passeamos bastante no dia seguinte. Feira de artesanatos e alimentos e as praias de Nice, antes de passar por CapFerrat e alcançar Mônaco. A estrada entre essas cidades tem um visual deslumbrante e chegamos em frente ao cassino de Monte Carlo. Direto uma volta no circuito da corrida de Formula Um. Imperdível. Mesmo não sendo num carro esportivo, como a maioria na cidade, mas até com uma emoção maior, por que já estavam montando a pista para a corrida. Aconteceria dentro de duas semanas. Os pneus de proteção já nas curvas, obras no Box, e eu passeando por esse circuito. Paramos no estacionamento do cassino e fomos andar para conhecer mais esse local. Um lugar muito lindo, aristocrático, exuberante, mas com alguns excessos. Achei que existem prédios demais nas montanhas que cercam a cidade e, se não fossem de milionários como são, com certeza os chamaríamos de favelão e culparíamos os moradores de ter arruinado o local. Agora, como são apartamentos maravilhosos, não se fala nada.  Mas que é over, eu não tenho como negar. Tulipas agrupadas e enormes, lindas, na frente do Cassino, formando um jardim de deixar boquiaberto qualquer mortal. Fomos fazer o circuito da Formula Um também a pé. Tiramos fotos das várias Ferraris, Lamborguines, BMWs que fomos esbarrando pelo caminho. Muito legal andar por dentro do túnel e chegar ao porto. Dar de frente com a curva da piscina e os boxes, andando entre os pneus e as arquibancadas em construção. Uma emoção mesmo. E olha que nem sou tão fanático por corrida de carros. Ainda passamos no centro de tênis, localizado nas montanhas da cidade e com uma vista maravilhosa, onde acontecia naquele exato momento o WTC de Monte Carlo.

Monaco
Monaco

Almoçar no principado seria um extra muito caro, então decidimos comer um peixe em Menton, pequena cidade francesa antes de entrar na Itália. Em Sanremo, estava previsto dormirmos, mas o hotel que escolhi pela internet não agradou. Decidimos então alcançar Genova, após passearmos pela praia local. Seria uma viagem longa e ficou pior ainda por que como era um final de feriado italiano, as estradas estavam lotadas. Parecia com Cabo Frio no carnaval. Engarrafamentos inclusive nas freeways. Conseguimos chegar à cidade já tarde da noite e sem hotel. Parei ao lado de um carro de “carabinniere” policial em italiano que, gentilmente, nos levou até um hotel. Estavamos em um local perigoso e seria difícil encontrarmos qualquer coisa aquela hora.


Visitar Genova foi uma delícia. Andréa que já havia morado em Roma numa fase de sua vida, não apresentou muita boa vontade com a cidade. Ainda assim, fomos a vários lugares como o porto, farol de Cristovan Colombo, Palácio Real, Aquário, Biosfera, Mercado Municipal, e várias igrejas e prédios históricos num passeio muito agradável pelo centro. Resolvemos almoçar num dos lugares mais lindos que conheci até hoje. Entramos em Portofino e a vontade de nunca mais sair dali pintou. Valeu muito cada euro pago para almoçar nessa cidadezinha perto de Genova, de frente para aquela baía de águas verdes, com os barcos indo e vindo e as casinhas coloridas. Sensacional mesmo.

Portofino
Portofino

Infelizmente, tínhamos que sair. No paraíso você não pode chegar e ficar porque tem hora prá sair e paga-se um valor absurdo pelo estacionamento. Lugar que não dá chance aos reles mortais como eu, chamarem de seu...


A meta agora era alcançar a Marina de Pietrasanta, claro que explorando La Spezia e a cidade de Carrara. Na verdade, Pietrasanta seria nossa base por alguns dias porque um primo da Andrea, Igor Rodrigues, mora na Suíça mas estaria hospedado lá com a família. Ficaríamos no mesmo hotel além de fazer passeios juntos pela região.


Na cidade de Carrara subimos a montanha das mármores até o topo, alcançando Collonata, a vila mais alta da montanha. Na volta, passamos pelos túneis de mármore com Andrea quase morrendo de angústia por serem baixos e apertados ao extremo e só de uma via, ou seja, parar ali era ficar preso mesmo. Mas foi ótimo. Muito interessante a maneira como os funcionários tiram as grandes pedras sem quebrá-las totalmente e como trabalham nelas. Fazem obras de artes maravilhosas. Existem várias lojas durante todo o trajeto.


Finalmente chegamos a Marina de Pietrasanta. Local litorâneo, igual a maioria das praias planas existente naquela região central da Itália, ou seja, nada demais, mas ali encontraríamos o primo da Andrea com sua família. Ele tinha o hábito de passar períodos de férias nessa região, fugindo da primavera fria da Suíça.


Para mais desespero da Andréa, vínhamos pela praia quando entrei à esquerda, e ela assustou: aonde vamos? É por aqui o hotel, respondi. E não era que eu estava certo mesmo? Eu me lembrava do Google maps visto antes da viagem. Logo depois, na primeira rua à direita, demos de cara com o hotel programado. Encontramos a família do Igor e saímos para conhecer a praia, próximo ao hotel. Realmente o aparecimento do GPS salvou os viajantes de carro, embora quem goste de mapas, como eu, nunca tenha tido tanta dificuldade assim.


Muito boa a estadia ali, porque virou a nossa base para alguns passeios em Pietrasanta, Pisa e Lucca, outras duas cidades turísticas e muito interessantes. Pisa é famosa por sua torre inclinada. Claro que tiramos fotos tentando segurá-la, como qualquer turista bobo mas, na verdade, tem muito mais coisa a ser vista nessa cidade. Prédios históricos, igrejas, palácios, uma visita muito legal.

Pisa
Pisa

Depois aproveitamos e fomos a Lucca, outra cidade próxima, medieval, cercada por muros na sua parte histórica. Seu stadium, com vários bares, cafés e pizzarias, dão um toque todo especial. Igrejas e prédios históricos criam um clima de antiguidade ao local. Se perder por suas ruas sempre é um programão.


Como sempre, voltávamos para a base em Marina de Pietrasanta e ainda visitávamos, com frequência, o centro dessa cidade. Não na parte da Marina, mas na parte interna do seu centro histórico, cheio de estátuas de Botero, em vários locais das ruas.


Após alguns dias de diversão entre familiares, fomos para Florença. Prá começar o dia com emoção, mas também por falta de estacionamento e para economizar, parei o carro numa praça exclusiva para moradores (pelo menos era isso que diziam as placas no local). Fomos então andando para o centro histórico dessa cidade magnífica.


Andrea sempre arrumada para passear, andando de salto alto acabou por quebrá-lo logo no início do passeio, nas ruas de  calçamento irregular. Por sorte, encontramos um sapateiro, um senhor com seus quase oitenta anos e, que, por coincidência, havia morado alguns anos em Buenos Aires e conhecia o Rio de Janeiro. Conversou muito, como qualquer italiano, nos deu dicas para o passeio e ainda não cobrou nada pelo conserto.

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Na realidade por tudo que eu esperava de Florença, acho que a cidade ficou me devendo. Calma pessoal, nada que fosse uma decepção. Mas, de tanto ouvir falar da cidade das artes e suas edificações, com obras de arte em cada metro quadrado, esperava muito mais para me entusiasmar. Lugares maravilhosos, paisagens lindas e parques muito bem arrumados como a piazzale Michelangelo. Ali uma vista panorâmica de todo o centro histórico, muito impressionante, com o Duomo de longe. Para aproveitar bastante, temos que andar mesmo. Passear pelo lado do Fiume Arno, cruzar a ponte Vecchio (que é totalmente fechada) com seu comércio interno e, ao final, dar de cara com o Duomo. A quantidade de praças é impressionante. Todas com obras de artes e prédios históricos, valendo muito se perder pelo caminho. Cada rua errada que entrávamos, encontrávamos algo mais sensacional ainda e de forma inesperada. Mesmo assim eu esperava mais. A propaganda é enorme em torno dessa cidade.

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Continuando a nossa rota, e a meu pedido, fomos a Bolongna. Por ser ortopedista, sempre tive uma queda por essa cidade, que além de ter a primeira universidade do mundo, é um excelente centro ortopédico. Inclusive, durante a minha formação, o meu prof. Donato D’Angelo, tinha cursado residência nesse local e não se cansava de elogiar o serviço médico de lá. Realmente, uma cidade maravilhosa, rica em alegria, cheia de estudantes espalhados por suas ruelas e as faculdades espalhadas pelo centro. Muita música, e animação entre as construções históricas. Eu estava tão empolgado que deixei Andréa, com dor de cabeça no hotel e voltei prá rua para bater perna e vivenciar aquela alegria. Com certeza, essa cidade foi a grande surpresa da viagem.


Seguindo meu mapa de viagem pré-estabelecido, a próxima parada era Veneza. Lugar que mexeu com a gente. Sensacional! O carro ficou no hotel e fomos para a cidade de ônibus, confortavelmente,  sem nos preocuparmos com onde e quanto pagar para estacionar. Ao chegar à ilha, a magia tomou conta de gente. Era só andar, sem mapa algum e, a cada curva, uma descoberta. Artistas tocando músicas em órgãos, em copos de cristais, em instrumentos variados e com um som maravilhoso. Passeios de gôndolas, pontes lindas, edificações estupendas... Na nossa visita, nem o mal cheiro da água ou inundações nas ruelas, foram vistos. Era só um sol de primavera maravilhoso. O vento frio, no final do dia na Piazza de San Marco, ficou na memória. Uma certeza é a de que no inverno, nem pombos devem aguentar ficar naquele lugar. Mas nada como um almoço num dia de sol em Veneza. Navegar pela Grand Canal observando suas construções e cada formação dos canais menores é muito bonito. Muitas igrejas lindas e praças marcantes.

Veneza
Veneza

As gôndolas, passeando de um lado pro outro, dão um clima todo especial e nos transportam a um mundo de sonhos que sempre vimos em livros e filmes e que aconteceram nessa cidade.


No dia seguinte, resolvemos além de mais passeios pela bela Veneza, passear também de barco pela baia do local até as ilhas de Murano e Burano. Viagens imperdíveis, já que em Murano, capital do trabalho em vidros, podemos apreciar muitas obras de arte nas ruas, assim como nas lojas maravilhosas, com criações de deixar qualquer um boquiaberto tal a beleza e os detalhes da criação. Museu espetacular e curioso que conta a história do cristal e da cidade em si, que está totalmente atrelada à produção dessa arte. Ruas estreitas e canais com pequenas pontes que nos levavam ao outro lado.

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Depois fomos a Burano, outra ilha, porém mais afastada.  No meio da viagem, o frio tornou-se insuportável em razão do vento. A barca, com abertura anterior e lateral, provocava uma sensação terrível que contrastava com a beleza do céu. Mas, mesmo assim, outra cidade memorável. Suas casas coloridas, desenham um local alegre e muito interessante. Vários restaurantes super acolhedores com uma bela “pasta” e ótimos vinhos à nossa escolha. Outro local bom prá se perder. 

Burano
Burano

Voltamos para Veneza, local que sempre vale à pena e vivenciamos mais do ótimo que nos pode oferecer. Impressionou muito uma loja da Ferrari com um carro da Fórmula Um completo, inclusive com motor. Levando-se em consideração a largura das vielas, ele foi totalmente montado no local. Imaginem a dificuldade!


Como em toda Europa,  cachorros são membros da família e vão as compras e restaurantes rotineiramente. São aceitos sem nenhuma discriminação. Em Veneza, vimos um dog alemão negro, grande e lindo, dentro de uma loja de bibelôs e cristais, andando com seu dono, sem encostar em nada, nem mesmo com o rabo. Fomos até a loja, e o pessoal fazia sinais de que podíamos entrar sem medo, o gigante era manso. Ao abrirmos a porta, contamos que queríamos apenas  brincar com o cachorro. A saudade dos nossos dois grandões, Beckham e Angel,  dessa mesma raça, já era grande. Eu, na verdade, não tinha nenhum interesse nos produtos colocados à venda no local.


Realmente Veneza preencheu toda a nossa expectativa. Maravilhosa e imperdível.


Dia seguinte, saímos com opção de ir a Verona e depois subir para a Áustria. No meio do caminho, tive um insight e preferi antes de chegar na cidade de Romeu e Julieta, pegar a estrada pelas montanhas, Dolomitas, para alcançar a cidade de Trento. Valeu muito à pena. Não vi o balcão do romance de Shakespeare, mas foi sensacional o caminho pelo meio das montanhas. Partes mais altas com neve, céu azul e lagos lindos e maravilhosos, tudo isso entre vilas italianas. 

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Chegando à cidade, passeamos pelo centro histórico, parques e fomos ao imperdível Museu Castello Buonconsiglio. Trento é uma cidade bucólica, com toda certeza. Como bom comilão que sou, tive o prazer de passar numa delicatessen para preparar um sanduba para o lanche que levaria para comer no nosso hotel. Hotel este num prédio muito legal, no meio das montanhas, ao redor da cidade. Comprei um pão italiano, presunto de Praga e provolone doce, isso mesmo, presunto de Praga. Que coisa maravilhosa.  Nunca mais encontrei algo parecido. Ficou na memória. Coisa de gordo, lembrar de comida...


Subimos a serra para Bolzano, passando na entrada para Cortina D’Ampezzo. Com um carro com pneus normais e já com nevasca leve no caminho, fiquei com medo de entrar na serra até o importante centro de ski da Itália. Não sabia se no caminho a tempestade iria piorar e não quis correr o risco. Seguimos com muito cuidado para não derrapar na estrada principal, mas conseguimos chegar a tão esperada Insbruck. Linda cidade austríaca. Nos impressionou bastante. Passeamos pelo centro da cidade para provarmos o famoso doce considerado o melhor do mundo, apfelstrudel com creme. Comer esse doce folheado de maçã, num prato fundo e de colher, não tem igual. Do maravilhoso creme de baunilha, ainda sinto o gosto.


A parte de pedestres da cidade é muito organizada e bonita, uma característica da região do Tirol. Vimos o Telhado Dourado, museus, a universidade e muito do centro histórico. Nosso hotel ficava do outro lado do rio e, em frente ao Rio Inn, que tem construções bastante coloridas, características da região. No dia seguinte, passeamos por outros pontos turísticos. Belos parquese vários jardins. Antes de sairmos para a Suíça, fomos abastecer o carro e subir à pista de saltos de ski Bergisel. Tiramos fotos de uma vista muito linda, a da cidade localizada num vale belíssimo. Montanhas com neve nos picos não faltam na região, mesmo nessa época.


Ao tentar ligar o carro para seguir viagem, nada acontecia. Foi bastante estressante. Procuramos ajuda. Andei até uma casa na descida da montanha e arrumamos uma pessoa interessada em nos auxiliar. No final de um bom papo, o cara achou melhor chamar um mecânico que chegou com seu reboque amarelo, quase que imediatamente. Abriu o motor, mexeu em algumas peças e depois olhou com a cara de espanto para nós e perguntou: vocês colocaram gasolina nesse carro? Para meu espanto respondi que sim e que vinha mesclando gasolina e diesel, conforme escrito no local do tanque. Se lembram, que no começo desse relato eu disse que o carro era flex? Continuei falando com o mecânico que antes de subir a montanha, havia enchido o tanque com gasolina.  Pois bem, ao guinchar o carro para a oficina, ele me deu uma aula de francês. Explicou que “gasoline” significa diesel.  Alertou que só consegui chegar onde cheguei, dirigindo por mais de 10 dias, porque a mistura entre os dois combustíveis que eu usava às vezes, ainda dava octanagem para fazer o motor funcionar.

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Ao chegar rebocado na oficina, passei mais vergonha ainda, já que ninguém acreditava que eu tinha enchido o tanque de gasolina e virei piada dos mecânicos.  Perdi algumas horas lá, por que durante o almoço a oficina fecha e ninguém trabalha por duas horas. Logo depois, tiraram a gasolina e colocaram o diesel e, por sorte, tudo voltou a funcionar sem nenhuma alteração mecânica. Esse aborrecimento me fez perder tempo e dinheiro, mas aprendi a lição. Mesmo assim, foi impressionante ver a limpeza e a organização da oficina mecânica. E, de passagem, as leis trabalhistas respeitadas também. No Brasil qualquer mecânico colocaria uma mangueira no tanque e sugaria com a boca, pra depois colocar o diesel. Nem levaria para oficina nenhuma.


Então, finalmente, pegamos estrada e logo no primeiro posto, fui completar o tanque com o combustível correto. Parei na bomba de diesel imediatamente, mas era para caminhões. O combustível é o mesmo, mas a boca do tanque não. Tomei um banho de combustível de graça ao apertar o gatilho da bomba antes de reparar nisso. Depois achei a bomba certa e fui me lavar no banheiro. Mesmo assim, viajamos até Biel, na Suíça, com muito cheiro de combustível no carro e rindo muito.


Nesse caminho para a Suíça, passamos por vários túneis. Nos foi falado que a visão da engenharia deles é de deixar as estradas passarem pelo meio das montanhas com a menor quantidade de movimento possível, devido aos problemas que acontecem quando chove demais ou devido às nevascas, que fazem as mesmas fecharem e ter queda de barreiras. Então o túnel é mais acessível, mais seguro e mais rápido, embora deva ser mais caro para  construção.


Por ter perdido muito tempo na oficina mecânica, acabei tendo que seguir as estradas principais e não pude ir pelas vicinais nesse trajeto, pois precisávamos chegar a Biel.


Existem dois nomes para essa cidade, Biel para o alemão, e Bienne, para o francês, porque a Suíça é dividida, pela sua história, em várias partes . A cidade, na realidade, está mais ligada ao alemão, mas as duas formas estão corretas.


Passamos por Zurich, no meio do caminho para Biel, indo para a casa do Igor, o primo da Andrea (aquele mesmo que estava em Pietrasanta conosco). Parei num posto de gasolina para fazer contato com ele porque, prá variar, como não tínhamos o gps  com o endereço, fiquei querendo algumas referências. O que impressionou a Andréa e o próprio Igor, foi o fato de eu chegar certeiramente, sem perguntar nada para ninguém. Após ele me dar algumas referências da rota, parei o carro exatamente na frente da casa dele. Foi só buzinar para abrirem a porta.

Berna
Berna

Como tínhamos estado com ele e sua família em Pietrasanta, na Itália, foi uma festa o reencontro, com muito bate papo e histórias sobre a viagem. No dia seguinte, fomos conhecer a pequena cidade de Bienne. Comi um croissant maravilhoso no café da manhã  de uma cafeteria. Incrível mesmo, uma delícia de leveza ainda que fosse um pouco gorduroso. Na França, não consegui comer nada parecido. Essa cidade, embora pequena, tem todas as fábricas de relógios da país, tipo Rolex, Seiko e outras. Depois do almoço,  fomos visitar a famosa cidade de Berna. Cidade linda e com características importantes. Primeiro por ser a capital do Cantão, possui edificações maravilhosas, limpas e suntuosas. A casa de Einstein, os ursos característicos da região na parte baixa da cidade, e um relógio com movimentos muito interessantes na rua principal, localizada numa torre. Passamos uma tarde muito agradável e, como Igor e sua esposa Graça tinham compromisso, à noite ficamos com os dois filhos deles prá tomar conta. Facilmente pedi duas pizzas enormes e fizemos uma farra, com  os meninos super calmos e comportados. Combinamos que para termos pizza, sem que os pais deles soubessem previamente, precisariam ficar obedientes.

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Na manhã seguinte, subimos o morro e fomos conhecer o centro de treinamento de atletas de elite da Suíça e utilizado por outros países também. Ficava localizado em Macolin. Lugar com vários campos, quadras, piscinas, enfim, um centro de treinamento perfeito. Vale lembrar que na Copa de 58 a seleção brasileira de futebol fez uma adaptação de treinamento nesse local antes de ir para a Suécia. Aproveitamos e fomos a Chasserall, ponto de ski local e descemos para Neuchatell, cantão vizinho a Biene. Um lago lindo margeia uma cidade medieval com construções e igrejas, além de ser especial para esportes de verão.


No dia seguinte, eu e Andrea partimos para Interlaken, lugar em que até o caminho para chegarmos até lá, já era lindo. Passeamos pela região e resolvemos seguir numa estrada vicinal para alcançarmos a cidade de Sion. Passamos por várias fazendas, imagens típicas de propagandas do chocolate Milka. Pastos super bem tratados, verdinhos, cheio de vacas e casas pequenas com jardineiras nas janelas. No meio do caminho, encontramos a estrada bloqueada por causa da neve, o que nos fez mudar de rota, mas conseguimos outra opção e seguimos em frente. O céu azul e limpo fazia o complemento daquele paraíso. Íamos seguindo o mapa que eu tinha e, de repente, achamos Gstad, uma estação de ski importante, que por acaso, eu conhecia de ouvir falar. Na minha infância, assistia ao programa do jornalista Ibrahim Sued que vivia falando de uns milionários que sempre iam para essa cidade passar a temporada de inverno. Realmente um centro de ski muito interessante e bastante aconchegante.

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Seguindo a rota por um caminho nas montanhas com viniculturas e paisagens lindas, chegamos a bela cidade de Sion. Mortos de fome, num domingo à tarde e com quase tudo fechado. Passeamos pela parte baixa da cidade e deixamos o centro histórico para a manhã seguinte. Deixei Andrea no hotel, pertinho do estádio de futebol, que estava lotado com um jogo do campeonato suíço. Não falo nada da qualidade do jogo, até por que não fui ver, mas dá para imaginar.


Sim, pela manhã, um ótimo passeio às construções específicas de Sion. Castelos, comércio, museus e a Basilique de Valère e seus complementos. Antes de sairmos da cidade fomos comprar chocolates suíços e enchemos as malas, afinal de contas, ninguém é de ferro. Mesmo em supermercados você encontra qualidade e um preço sensacional.

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Saímos e, com meu instinto aventureiro, resolvi pegar a montanha para chegar ao Mount Blanc. Entrei em Martigny, segui por locais realmente belos e com muita neve. O mais fácil seria contornar a montanha em estradas largas onde poderíamos usar e abusar da velocidade dos carros. Mas isso é para os fracos. Opção por uma estrada bastante estreita, cheia de curvas, só que deslumbrante. Mesmo com essas dificuldades, chegamos bem em Chamonix e  conhecemos a cidade e suas montanhas. Comprei até um casaco de clima bem frio. Estava muito barato, por ser final de temporada. Resolvemos ir para Annecy, uma cidade francesa muito linda na beira de um grande lago e  com canais como se fosse uma pequena Veneza. Inclusive a chamam de Veneza francesa, o que é um exagero, mas de qualquer forma é uma cidade bonita. Fomos por uma estrada muito estreita nas montanhas e alcançamos,  depois de descer toda a serra, o  final do lago de Annecy. Passamos por visuais maravilhosos e chegamos ao centro da cidade. Passeamos muito, mas o hotel reservado pela internet não era muito confortável. Isso  às vezes acontece, ainda mais na época de pouca conexão com internet.  Resolvemos então, voltar para Lyon que não ficava tão longe dali, onde dormiríamos na casa da minha outra prima, Ana, bem melhor do que o hotel planejado. Chegamos a Lyon e, embora soubesse a rua e a casa em Dardilly, subúrbio de Lyon, não fiz o caminho que já tinha feito na primeira passagem pela cidade e fiquei perdido. Sem ter como telefonar, parei e perguntei a um pessoal que estava fazendo aula de motorista numa das ruas. Ninguém sabia. Mas me orientaram a chegar num ponto onde eu consegui me organizar. E, assim, consegui jantar e dormir na casa da minha prima.

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Deixamos uma parte grande da bagagem na casa dela e, no dia seguinte, devolvemos o carro na locadora, na Gare em que pegamos o trem para Paris. Grande cidade luz, com bastante expectativa, mas já conhecida por filmes, livros e histórias de amigos e familiares. Sensação de conhecer a cidade sem nunca ter ido visitar.


A viagem de trem foi tranquila demais e chegamos na Gare Lyon, em Paris, com precisão inglesa. Como nosso hotel era em Montmartre, pegamos um táxi e, de cara, fomos passando por pontos turísticos maravilhosos como a praça da Bastilha, da República e até chegarmos na boullevard de La Chapelle. No início um outro problema, porque pela experiência que tenho no Brasil e fora também, inclusive nessa mesma viagem, o hotel Íbis, embora simples, sempre foi muito organizado e ajeitado, além de ter excelente preço. Ao chegar no hotel que havia reservado, o local embora agitado por artistas e muitos teatros, foi uma decepção. O hotel não tinha as características da rede Íbis. Um elevador muito apertado e com aspecto estranho. O quarto, embora minúsculo, era muito limpo e, com certo esforço, conseguíamos avistar a torre Eifell, ao fundo. Com isso, acabou sendo aceito sem muito barulho pela Andrea, embora até hoje ela reclame do local.

Teto da galeria Lafayett
Teto da galeria Lafayett

Como já era de tarde, resolvemos passear. Descemos até a Galeria Lafayette que estava deslumbrante e o Palais Garnier, centro de ópera maravilhoso. Passear pelas ruas de Paris era uma realização para mim e para Andrea. Observávamos tudo e, por estarmos num bairro boêmio, víamos muitos bares, piranhas e travestis em quase todas as ruas. O que mais impressionava é que várias delas já estavam com idade bastante avançada. O movimento para os bares, para o Molin Rouge, Pigalle e outros, inclusive o Museu do Erotismo era muito grande já no início da noite. Também nesse dia subimos as escadas e fomos à SacreCouer, num dos pontos mais altos da cidade e com uma vista maravilhosa da Torre Eifell. Melhor, inclusive, do que da minha janela do hotel. Rsrsrsrsrsrsr Lindo foi o coral das irmãs que se apresentava na hora que fomos visitar a famosa igreja.


No dia seguinte, começamos cedo a andar. Descemos as ruas para o centro turístico. Em Paris não posso chamar de centro histórico porque, na realidade, tudo nessa cidade é histórico. Fomos descendo e passamos a andar pela famosa rua Saint Honoré, com galerias e comercio muito caro. Vimos o Palais de L’Elysé. A cada rua que entrávamos apareciam coisas sensacionais. Até  espantosas pela grandiosidade dos monumentos e igrejas que surgiam, subitamente, aos nossos olhos.  Algumas mudanças de direção e estávamos de cara pro lindo Arco do Triunfo. Nesse caminho, Andrea pediu para ir ai banheiro e resolvi testar os banheiros públicos, que ficam em moldes redondos no meio de algumas calçadas. O primeiro teste foi complicado, ainda mais por eu não ler francês, tudo era enrolado. Teve uma hora que cansei e mandei a Andrea entrar avisando que eu ficaria na porta, porque não tinha conseguido fazer a porta trancar. Depois dela usar, fiquei tentando até que consegui sacar o que não havia feito... A partir de agora era fácil, mas tive que ouvir muito que ela se expos, que alguém poderia abrir a porta, que eu era louco e etc...

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Como disse, alcançamos o Arco do Triunfo, estávamos na Champs D’Elyseés. Sensacional estar passeando numa das ruas mais importantes do mundo. Muito comércio bonito, construções neoclássicas, restaurantes e jardins maravilhosos. Passamos pela Petit e pelo Grand Palais, e alcançamos a Place de la Concorde. Muitas fotos o tempo todo, afinal de contas, o que não falta nessa avenida são curiosidades e coisas bonitas.

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Chegamos à pirâmide do Louvre, e claro, entramos e passamos algumas horas no museu. Demos sorte por ter pouca fila e fomos nas galerias principais. Não se pode deixar de ver Monalisa e outros quadros de Leonardo da Vince, Van Gogh, Picasso, Rembrant entre outros vários que estão em exposição permanente por lá. Também fomos numa exposição de faraós e suas múmias, muito interessante. Saímos e tínhamos a obrigação de ver o rio Sena, ao lado do museu, com o bateau mouche desfilando por suas águas.

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Voltamos já no final da tarde pelo Palais Royal, place Vendome e subimos para o hotel já com a noite se apresentado, por que no dia seguinte teríamos muito mais.


Ao acordar, em vez de andar novamente até o Arco do Triunfo, para ganhar tempo, fomos de metro e descemos no destino rapidinho. Aí sim, era dia da Torre Eifell. Agora, prá começar o dia, que inclusive era nossa data de aniversário de casamento, saímos logo numa briga pelas ruas de Paris. Andréa a cada foto queria trocar de chapéu, luva, lenço e isso me deixava pau da vida. Assim que chegamos na ponte Flamme de La Liberté, a visão da torre era linda, e começa ela a parar e trocar as coisas todas sem nenhum motivo, para mim. Pois bem, reclamei e ela acabou ficando emburrada e não aproveitou metade do que aproveitei visitando a Torre Eiffel, Jardins de Trocadéro e Champ de Mars. Saímos pela parte de trás da torre e fomos pela Academia Militar, Hôtel de Invalides e Museu de Rodin. Nessa época Andrea trabalhava com argila e fazia esculturas em bronze também. O Museu de Rodin foi como uma Disneyland para ela. Realmente é um lugar imperdível. Minha rota traçada era de turista mesmo e passamos pelo Palais de Bouborn e já estávamos no Museu de D’Orsay.

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Esse museu também era um símbolo a ser alcançado por nós, por tudo que ele representa no mundo das artes. Passar horas ali e tirar fotografia escondido, já que é proibido em seu interior, não é uma atividade tão difícil e nem de muita gloria, já que várias pessoas o fazem. Não fotografei nenhuma obra, mas os maravilhosos tetos do museu não ficaram sem o meu registro. Andando pelas ruas de Paris achei a FMP, não a minha querida Faculdade de Medicina de Petrópolis, mas a Faculdade de Medicina de Paris. Seguimos até o Palais de Luxemburgo, com seu jardim maravilhoso. Ao seu lado estava a famosa Faculdade de Sourbone e o Phanteon. Depois seguimos até a Ile de La Citê. Ali visitamos, com muita emoção, principalmente, por parte da Andrea, a Cathédrale de Notre Dame. Muito bonita e simbólica. Andamos ainda pelos palácios nas cercanias e fomos comemorar o aniversário de casamento num belo restaurante, acompanhado de um bom vinho nacional, francês, e depois passear de barco no anoitecer pelo Rio Sena para encerrar o dia com alto estilo. Passeio maravilhoso com Paris em todo o seu esplendor.

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Nossa estadia estava terminando por que ainda deveríamos chegar a Lyon para pegar o avião de volta para o Rio. Teríamos  que pegar o trem na Gare de Lyon novamente, mas antes passeamos pela praça da Bastilha, o teatro de Ópera da Bastilha e a Coulée verte René-Dumont.


Chegamos a Lyon e Ana Cristina já estava na Gare nos esperando com nossas malas. Fomos direto para o aeroporto. Hora de voltar para casa e ter na memória os belos momentos depois de 23 dias de uma viagem maravilhosa

 
 
 

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